quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

“E os amores são pra quem sabe flutuar, meu bem...”

Eu fico pensando nas voltas que a vida dá... Hoje tenho 20 anos, tenho uma família que não é a melhor nem a mais perfeita, mas é a minha, é a que sempre está comigo. Tenho amigos que estão ao meu lado e que nem porque eu quero são obrigados a aceitar minhas burradas, mas estão comigo até pra brigar. No auge dos meus 20 anos, tenho minhas boas histórias pra contar, tenho minha carreira pra batalhar, meus amores pra conquistar e minha felicidade pra buscar!

Lembro-me do meu ‘primeiro amor’... Eu tinha 5 anos de idade, o nome dele era Argeu Filho, um gordinho lindo, simpático e que queria brincar de médico e paciente no intervalo do Jardim II lá na Escolinha Paulo Davison. Era chamada de primeira dama da cidade porque ele era filho do atual prefeito, Argeu. Esse amor não passou da formatura do ABC. Aliás, na formatura eu já estava com o Renato (meu primeiro Renato). Esse filho de fotógrafo (deve ter vindo dessa época a queda por fotógrafos).

Em seguida, lá pelos sete anos de idade, veio o Otacílio, meu quase primo, já que minha mãe foi praticamente criada com o pai dele. Coisa da família Vieira... Esse também não durou muito. A relação começou a encalhar quando decidimos montar nosso próprio negócio: mini fábrica manual de adesivos. Os negócios não iam bem e as discussões começaram...

Fui-me embora da Boa Viagem. Não me despedi de nenhum dos meus amores. Eu sabia bem o que queria e se não queria não demorava muito a avisá-los.

Em Batalha - AL, a vida parecia promissora. Logo um Gustavo, moreno, cabelos lisos caindo-lhes na testa, um sorriso largo e um talento enorme para o desenho, me apareceu. Esse era o sonho de todas as meninas do Pequeno Príncipe. Eis meu primeiro amor platônico... O tirei em um amigo secreto... Lembro de ter ficado completamente roxa quando tive que descrevê-lo e entregar-lhe o presente. Todas as meninas queriam o meu lugar naquele momento.

Após uma breve passagem na Igreja Presbiteriana, tive ali meu primeiro amor adolescente (já com 11 anos). Naquela época eu sabia viver! Não queria nada com o moço, por mais que ele insistisse, eu não dava o braço a torcer e parecia irredutível. Parecia... Nada que um encontro desses por acaso, para mudar o rumo das coisas. Por coincidência o cunhado dele era meu professor de matemática. O professor Severino. Ficou fácil, já que eu nunca fui boa com números, tinha aulas particulares freqüentemente e ele se aproveitou da ocasião para se aproximar. As paqueras começaram e seguiram por algumas semanas. Eu não facilitava. Ao final de uma dessas aulas ele acabou me oferecendo um presente. Simbólico. Um ‘R’, de Ronaldo. Pediu-me de cara em namoro. Eu? Fiquei em silencio e nada pude responder. Levava tudo àquilo na brincadeira. Mas ele cuidou logo de demarcar terreno. Puxou-me pelo braço e disse: “depois disso você me responde”. Alguns segundos depois (e um beijo depois também) e eu disse: “SIM”.

Ali começava minha saga! Nosso namoro foi alvo de especulações e de gente que queria namorá-lo também. Comecei bem minha vida amorosa... Entre viagens e beijos, beijos e viagens (com o pessoal da Igreja) fomos descobertos e pegos em flagrante! Fomos entregue aos meus pais. He He He He he! Demos um tempo na relação, mas ja era tarde. Estávamos apaixonados! Nada nos separava! E assim nossa história durou quase dois anos, entre idas e vindas, muito ciúme e muito amor.

Fui embora de Batalha! Demorei pra superar esse amor. A verdade é que já perdi tanta gente para a vida que hoje tenho medo de me apegar emocionalmente a alguém. Sofro muito quando a vida tira alguém que eu amo.

Mas em Bom Jesus fui muito paquerada! Nova da cidade. Naquela época era ate bonitinha e filha de bancário (essa parte só serve pra iludir, porque ô classe que está desamparada...). Mas desde esse tempo sou fiel a mim, não sei ficar com outra pessoa quando ainda amo outra. Eu não dava bola mesmo.

O Igor quis que eu fosse contra meus princípios e me agarrou a força atrás da porta da sala de aula no JEMB ao final das aulas. Ate que eu gritei, dei um chute nos países baixos e o vigia veio me socorrer. (Foi engraçado, mas ele nunca mais se atreveu a fazer isso com menina alguma).

Após uns seis meses em Bom Jesus, comecei a ficar com o Leandro. Menino certinho, estudioso, lindinho e morava perto da minha casa. Então a gente sempre namorava sob o sol de Bom Jesus no caminho de casa de mãos dadas. Não durou muito tempo...

Comecei a aprender que na vida nada realmente era pra sempre e que as únicas pessoas que estavam sempre comigo eram meus pais e irmãos.

Perdoem-me os outros amores não citados, mas é que esses marcaram muito e tiveram um tom engraçado na minha vida, mas lembro-me de todos.

Abre-se aqui um parêntese (Aqui teve espaço para um amor bandido! Manoel Junior! Era pegação mesmo. Daqueles amigos que a gente tem para todas as horas. As de farras, a de peguete, as de conversa franca, estudos, sonhos e sem apego emocional. Esse foi meu amor mais tranqüilo, porque ele arrumava esquema pra mim e eu arrumava pra ele. Esse foi dos bons!)

Gustavo Chielle! Esse é o nome do danado que me fez ficar completamente apaixonada! Um loirinho, de olhos profundamente azuis, intelectual, gaúcho e era meu melhor amigo. Daqueles que ate são capazes de ler o pensamento. Nessa época passava na TV uma novela chamada ‘coração de estudante’ e um casalzinho lá foi nossa referencia. A gente se tratava como irmãos, mas me vi apaixonada por ele e não pensei duas vezes: contei a ele.

A gente começou a namorar... Éramos o casal do CABJ! Todo mundo já falava que a gente namorava, mas nada era verdade ate então. As duas primeiras semanas fora perfeitas. Ele era tudo que eu poderia querer. Lindo, inteligente, romântico e queridinho da minha mãe. Bom partido mesmo.

Não durou muito tempo. A mulherada quando se deu conta do partidão que ele era caiu matando... Eu não agüentei a pressão e terminamos! Depois ficou tudo estranho. A gente já não se falava, não sabíamos mais um do outro e a amizade acabou! Porém foi retomada e ele continua sendo meu anjinho.

Valença do Piauí... Ah, Valença! Bem tem uns rolos pesados por lá e macro região.
Renato Carnaval Papa-Léguas
Rafael Elesbão Veloso
Renato Baixista

Alongarei-me nesse último.

Amigo do namorado, hoje marido, de uma amiga minha, a Lílian, o Luis. Entendeu? Era galinha, pegador, namorador, farriador e tudo mais que se possa imaginar. Foi um desafio!
Pega, pega, pega, beijar, mas não se apega. Esse era meu lema! Ficamos por alguns meses e viajei para Fortaleza. A saudade do moço por era muita. Ligava quase todos os dias.
Volto de viagem! Quer me ver no mesmo dia e no mesmo dia me pede em namoro! Comecei a ficar mal acostumada!

Pra quem não queria se apegar, me apeguei e foi demais. Ele também. Se ajeitou, tomou jeito de gente e foi um dos períodos mais bacanas que vivi e uma pessoas por quem tenho também um carinho enorme! Nessa brincadeira a gente ficou até uns dias desses...

Picos! Eita, terra que mudou minha vida!
Logo que cheguei me encantei por um jornalista tão idealista quanto eu: Renan Nunes! Como eu vinha de uma relação finalizada pela distância (o Renato... a gente chorou quando se despediu... Foi uma relação muito bacana de amizade, cumplicidade...), estava carente e tudo mais e Renan sendo um menino tão especial... Era o que eu precisava. A gente se precisava naquele momento.

Durou algum tempo. Foi um namoro de porta. O primeiro desses todos que apresentei ao meu pai e que foi lá em casa como meu namorado. Foi na casa dele também, em Floriano, que eu passei pela primeira vez um final de semana, feriado... Na casa de namorado. Tudo bem que meu pai ainda hoje não sabe disso, mas minha mãe sabe...

Terminamos. Cada um seguiu seu rumo. Voltamos no carnaval de 2008! Terminamos dia dois de maio, show de aviões do forró e dois dias após meu niver. Ai foi um fim pra de vez!

De lá pra cá não tive namorados. Tinha meninos que eram ótimas companhias e que me fizeram bem, mas que não se tornaram meus namorados. Estava numa fase de pegação mesmo. Beijar, beijar e tchau. Sem apego emocional mesmo!

Bem de julho de 2008 pra cá não citarei nomes e nem detalharei muito, mas posso dizer que só nesse período aprendi e vivi coisas que nessas histórias todas ainda não tinha vivido.

Errei algumas vezes sim, quem vai com sede ao pote se afoga... Fiz planos, eles se desfizeram. Fui e continuo sendo verdadeira. Intensidade marcou essas últimas histórias. Amei e amo! Não sei como essa história vai continuar, mas a vida o que é meu irmão? É pra ser vivida mesmo.

Como eu já disse: eu quero mais é que meus sonhos e desejos tortos saiam por ai e vou levar quem tiver no meu caminho. Quem vir comigo? Amor não tem idade, cor, religião, sexo, credo, escolaridade, conta bancária ou curso superior.

Obrigada Deus por todas as pessoas que já passaram pela minha vida. Levaram um pouco de mim e deixaram muito delas comigo.

O Argeu, infelizmente faleceu ano passado num acidente de carro. O Otacilio, tá meio desencontrado que nem eu. Ronaldo está casado, é pai de família e continua evangélico. Manoel Junior tá em Teresina fazendo medicina e está namorando. Gustavo voltou para o Rio Grande do Sul, está namorando e formado em administração. Renato está tocando em alguma banda e deve estar namorando. Renan, esse eu vejo quase todos os dias, é meu colega de trabalho. E de julho pra cá, bem. Um tá namorando e o outro deve estar também.

“Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos...” É por essas e outras que ainda processo o meu cupido...

“E os amores são pra quem sabe flutuar, meu bem... Não deixe de sonhar e de sorrir pois não vai encontrar quem vá sorrir por ti...”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo comentário.
Abraço!